Na última sexta (21), a Assesoar participou de encontro que debateu implementação do Projeto Plante e Colha Saúde, coordenado pela Sustentec e com apoio da Itaipu Binacional. A atividade reuniu agricultores (as) do campo e da cidade, Unioeste, Secretaria de Agricultura de Francisco Beltrão e organizações da agricultura familiar para alinhar ações e fortalecer a inserção de fitoterápicos no SUS. Mais saúde, renda e sustentabilidade para as comunidades.
Durante o encontro, Euclides Lara Cardozo Junior, presidente da Sustentec e coordenador geral do projeto, destacou a importância da articulação entre diferentes atores para viabilizar a produção e o uso de fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS). "O projeto é desenvolvido pela Sustentec em parceria com a Itaipu, municípios e entidades federais, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Ministério da Saúde. A reunião teve como objetivo organizar os envolvidos na cadeia produtiva das plantas medicinais, desde a agricultura familiar até a industrialização dos medicamentos, para definir um plano de trabalho para implantação na região", explicou.
O projeto, que teve início no ano passado na região oeste, agora está sendo estruturado no sudoeste do Paraná. Segundo Euclides, as atividades estão sendo apresentadas para municípios das Regionais de Saúde de Francisco Beltrão e Pato Branco. "À medida que a demanda por produtos fitoterápicos cresce no sistema de saúde, buscamos incentivar a produção primária pelas famílias agricultoras", afirmou.
Além de ampliar o acesso da população a tratamentos naturais, a iniciativa também contribui para a geração de renda no meio rural. "O agricultor familiar, que é o produtor, tem um papel fundamental nesse processo, assim como o consumidor, que se beneficia dos medicamentos fitoterápicos no SUS", ressaltou Euclides.
Para o Coletivo de Agroecologia da Assesoar, o projeto representa um avanço no fortalecimento do uso de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção primária à saúde. A proposta contribui para a promoção do bem-estar, da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável das comunidades, integrando saberes tradicionais com políticas públicas de saúde.
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Lígia Tesser / Assesoar