A Polícia Civil de Curitiba prendeu um fisioterapeuta, de 38 anos, por exercício ilegal da medicina e diversas outras irregularidades. A prisão em flagrante aconteceu na última segunda-feira (7), no Centro de Curitiba. De acordo com a polícia, as investigações tiveram início após a denúncia feita por um dos pacientes do fisioterapeuta, que sofreu necrose após realizar uma harmonização peniana.
Conforme a PCPR, o homem foi detido também por falsificar medicamentos, além de armazenar e vender produtos impróprios para o consumo. A ação foi realizada com o apoio de fiscais da Vigilância Sanitária de Curitiba no estabelecimento que era utilizado como consultório de fisioterapia pélvica.
De acordo com a delegada Aline Manzatto, foram encontrados no local diversos materiais vencidos, frascos sem identificação e o composto conhecido como hialuronidase manipulado para preenchimento intradérmico (sob a pele), algo proibido por lei.
Assim, o local foi interditado pela Vigilância Sanitária, que encontrou diversas outras irregularidades no local. Entre elas, o transporte de materiais médicos descartáveis (seringas e agulhas) em mochila, armazenamento de botox sem refrigeração e sem nota fiscal, lixo hospitalar descartado em lixo comum, além da presença de produtos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como cânulas, ácido hialurônico e anestésicos.
Ainda conforme a polícia, o homem foi autuado em flagrante e encaminhado ao sistema penitenciário. Agora ele poderá responder pelos crimes listados no inquérito, com penas somadas de até 22 anos de prisão.
“O suspeito, que possui mais de 10 mil seguidores nas redes sociais e outros 2 mil em um aplicativo de mensagens, mostrava em suas plataformas diversas cirurgias íntimas realizadas por ele. Além de atender em Curitiba, atuava em Balneário Camboriú, São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas”, explica a delegada Aline Manzatto.
A PCPR investiga agora se o suspeito deixou outras vítimas, já que seus serviços eram bastante requisitados nestas cidades em que ele atuava.
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